Audiência Pública apresenta projeto de reforma da Estação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, onde funciona o Museu Municipal de Guajará-Mirim
Na tarde da terça-feira, 1º de julho, o Plenário das Deliberações Clodoaldo Moura Palha, na Câmara Municipal de Guajará-Mirim, sediou a 1ª Audiência Pública para apresentação do Projeto de Reforma da Estação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), prédio que abriga o Museu Municipal de Guajará-Mirim, patrimônio histórico e cultural do município.
A audiência, fruto do Requerimento nº 00109/2025 de autoria do presidente da Câmara, vereador Eliel Nunes Silvino, foi realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim e instituições como o Iphan, Ibama, Jirau Energia, UNIR, entre outras.
Mesa de autoridades foi composta: Eliel Nunes Silvino, presidente da Câmara; Ricardo Maia, vice-prefeito de Guajará-Mirim; Aline Mayra Rufino, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan em Rondônia; Veríssimo Neto, gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da Jirau Energia; Emerson Luiz Nunes Aguiar, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; Xerxes Andrade, assessor regional representando o Governo do Estado; Professor Dr. Fábio Casara, da Universidade Federal de Rondônia; Vereadores Gecildo Barroso, Sérgio Bouez, Cordélia Santana e Elias Crispim.
Diálogo pela preservação histórica
O projeto de reforma da antiga estação — inaugurada em 1912 e que funcionou até 1972 — foi apresentado por Juliana Silva, coordenadora de Socioeconomia da Jirau Energia, e pelo Gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da Jirau Energia, Veríssimo Neto. O arquiteto Lourenzo Villar, guajaramirense é o responsável técnico pela obra.
A proposta contempla:
– Reforma da estrutura do prédio da estação;
– Restauração de duas locomotivas históricas;
– Resgate de peças dispersas do acervo da EFMM;
– Revitalização da área externa, com bancos, arborização e melhorias na praça;
– Instalação de elevador e escada metálica;
– Projeto museológico e museográfico, com nova organização expositiva;
– Reforma da caixa d’água, criação de anfiteatro e preservação da originalidade da construção.
Veríssimo Neto, da Jirau, afirmou que o objetivo é entregar “o melhor trabalho possível para a população, resgatando a identidade histórica da cidade”.
Emerson Aguiar, do Ibama, destacou a importância nacional da EFMM, construída com o esforço de 40 nacionalidades, destacou que órgão mantém o cumprimento das condicionantes socioambientais do empreendimento Jirau, que resultaram na viabilização da reforma.
Homenagens e emoção
O Professor Fábio Casara, representando a Sociedade Amigos do Museu, ressaltou que a EFMM “transcende a história local, sendo símbolo nacional” e sugeriu que o prédio receba o nome de Cláudio Furlanetto, italiano naturalizado guajaramirense que dedicou sua vida à preservação do museu e do patrimônio ferroviário da cidade.
Maria de Jesus Badra, também da Sociedade Amigos do Museu, emocionou o público ao relembrar a luta desde 2001 pela preservação do prédio e os esforços da comunidade para evitar o desabamento da estrutura em 2012.
Participação popular e próximos passos
A audiência foi mediada pelo vice-prefeito Ricardo Maia, que destacou a importância da união institucional em prol da cultura. A população teve espaço para perguntas e sugestões, reforçando a construção coletiva e democrática do projeto.
A Câmara Municipal e a Prefeitura de Guajará-Mirim enaltecem que o debate público é relevante para a preservação do patrimônio histórico e o fortalecimento das políticas públicas de valorização cultural e turística.
A data para o início da obra ainda não foi divulgada. A obra será isolada para segurança e o canteiro de obras controlado, com visitas institucionais previamente agendadas. A Estação do Iata também será revitalizada, e a pintura será executada como medida compensatória da Jirau Energia.
A reintegração do museu ao cotidiano do município representa um novo capítulo para a história de Guajará-Mirim, valorizando seu passado e mirando no futuro do turismo, da educação e da memória coletiva.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim